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Contabilidade Médica: Guia Prático para Empresários da Área de Saúde

591 04 Agosto, 2025

Por que se preocupar com a contabilidade

Empreender na área de saúde exige muito mais do que atender pacientes. Consultórios e clínicas precisam pagar impostos, registrar receitas e despesas e acompanhar uma legislação em constante mudança. Uma contabilidade bem feita dá segurança: evita multas, ajuda a escolher o regime tributário mais vantajoso e permite que você tenha um controle real do dinheiro que entra e sai. Além disso, ela libera tempo para focar no atendimento e no crescimento do negócio.

O que é contabilidade médica?

Pense na contabilidade médica como uma versão sob medida da contabilidade tradicional. Ela foi criada para cuidar das necessidades de médicos, dentistas, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde. Um escritório especializado calcula impostos, emite relatórios e garante que o negócio esteja em conformidade com a lei. A principal vantagem é ajudar a pagar apenas o imposto devido, evitando cobranças excessivas.

Modalidades de atuação

Quem atua na área de saúde pode escolher entre:

Ser contratado pelo regime CLT, com carteira assinada. Neste caso você tem direitos trabalhistas, mas paga Imposto de Renda na fonte.

Trabalhar como autônomo, prestando serviço a várias clínicas. Nesse modelo, a clínica retém impostos como ISS, INSS e IR.

Abrir uma empresa (PJ) e emitir notas para os clientes. Esse caminho geralmente permite pagar menos impostos, desde que você escolha o regime tributário certo.

Escolha do tipo de empresa e do regime tributário

A forma jurídica e o regime tributário determinam quanto você vai pagar de imposto. Os modelos mais comuns para empresas médicas são:

  • Sociedade limitada unipessoal (LTDA Unipessoal) – ideal para quem atua sozinho, pois permite abrir uma empresa com apenas um sócio, separando o patrimônio pessoal do empresarial. Pode optar pelo Simples Nacional (regime com imposto unificado), pelo Lucro Presumido ou pelo Lucro Real.

  • EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) – opção que também separa o patrimônio pessoal do empresarial; permite Lucro Presumido ou Lucro Real, mas não aceita Simples Nacional. [Observação: EIRELI foi extinta para novas aberturas e substituída pela LTDA Unipessoal, mas muitas ainda estão ativas].

  • Sociedade limitada (LTDA) – ideal para clínicas com dois ou mais sócios. Pode escolher entre Lucro Presumido e Lucro Real.

Entendendo os regimes

Simples Nacional: indicado para clínicas menores, com faturamento anual até R$ 4,8 milhões. A alíquota inicial é baixa, em torno de 6%, e o pagamento de impostos é unificado.

Lucro Presumido: usado por clínicas de médio porte. O governo presume que 32% da receita é lucro e calcula os tributos (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS) sobre esse valor.

Lucro Real: obrigatório para empresas maiores. Os impostos incidem sobre o lucro efetivo, exigindo contabilidade mais detalhada.

Fator R: ajustando a alíquota do Simples

Se você optou pelo Simples Nacional, o Fator R é o número que define se a empresa será tributada no Anexo III (alíquotas menores) ou no Anexo V (alíquotas maiores). É muito simples calcular:

Fator R = Folha de salários dos últimos 12 meses ÷ Receita bruta dos últimos 12 meses

  • Se o resultado for 28% ou mais, você fica no Anexo III e paga alíquotas a partir de 6%.
  • Se for menor que 28%, a empresa vai para o Anexo V, com alíquotas iniciais de 15,5%.

Por isso, muitos empresários aumentam o pró-labore e a folha de pagamento (legalmente) para atingir o fator de 28% e reduzir os impostos.

Por que o MEI não se aplica?

Atividades regulamentadas como medicina, odontologia e psicologia não podem ser enquadradas como Microempreendedor Individual (MEI). Além disso, o limite de faturamento anual do MEI (R$ 81 mil) é baixo para a maioria dos consultórios.

Obrigações acessórias essenciais

Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (DMED)

A DMED é uma declaração anual que todas as empresas de saúde com CNPJ precisam enviar à Receita Federal. Ela relaciona os serviços prestados e os valores recebidos. O objetivo é cruzar as informações com o que os pacientes declaram, garantindo transparência. Quem atende sem emitir nota não entrega a DMED, mas se você tem CNPJ ou emite nota, deve apresentá-la até o último dia útil de fevereiro do ano seguinte. É necessário um certificado digital e, caso haja algum erro, é possível enviar uma declaração retificadora.

Livro-caixa: aliado do autônomo

Para quem trabalha de forma autônoma ou tem consultório pequeno, manter um livro-caixa é fundamental. Nele você registra todas as entradas e saídas de dinheiro. Isso facilita o cálculo de impostos e evita divergências no Imposto de Renda. Só é possível deduzir despesas (por exemplo, compra de materiais ou participação em congressos) se estiverem devidamente registradas.

Padrão TISS: padrão de faturamento

Quem atende pacientes de planos de saúde já ouviu falar no Padrão TISS, um modelo eletrônico obrigatório para a troca de informações entre operadoras, prestadores e a ANS. Desde 2012, o padrão TISS deve ser usado para enviar guias, autorizações e demonstrativos de pagamento. O objetivo é uniformizar o faturamento e reduzir problemas de glosa.

Normas contábeis que impactam o negócio

Mesmo que você tenha uma pequena clínica, algumas normas contábeis internacionais hoje fazem parte da realidade brasileira. Elas servem para deixar as demonstrações financeiras mais claras e comparáveis.

IFRS 16 (CPC 06 R2) – Arrendamentos: desde 2019, o aluguel de equipamentos médicos e imóveis deve aparecer no balanço como ativo (direito de uso) e passivo (obrigação de pagamento). Essa transparência ajuda a enxergar o impacto real dos arrendamentos, mas exige controle maior de contratos.

IFRS 15 (CPC 47) – Receita de contratos com clientes: entrou em vigor em 2018 e define que a receita deve ser reconhecida quando o serviço é realizado e entregue ao paciente. A norma pede mais detalhes sobre valores e prazos, portanto muitas clínicas precisaram ajustar seus sistemas de faturamento. O CPC 47 é a versão nacional dessa norma.

Se você está começando agora, o ideal é consultar um contador para saber como essas regras impactam o seu negócio. Para quem já opera, a adoção dessas normas pode exigir ajustes nos contratos e nos sistemas de contabilidade.

Boas práticas de gestão financeira

Um negócio de saúde sólido combina atendimento de qualidade e boa gestão financeira. Algumas recomendações práticas:

  • Escolha o regime tributário certo com base no faturamento e nas projeções de crescimento
  • Separe as finanças pessoais e da empresa. Misturar contas pode comprometer o seu patrimônio
  • Planeje a tributação ao longo do ano; avalie deduções e possíveis trocas de regime tributário
  • Monitore o fluxo de caixa semanalmente
  • Use sistemas de gestão pensados para clínicas, que emitem notas, fazem o controle financeiro e ajudam na DMED
  • Administre custos com foco na rentabilidade, evitando desperdícios
  • Conte com um contador especializado em saúde para orientação estratégica
  • Reavalie periodicamente os investimentos em equipamentos e instalações para garantir que o dinheiro está gerando retorno

Conclusão

Investir em contabilidade médica de qualidade é uma decisão estratégica para qualquer empresário da área de saúde. Ela ajuda a pagar os impostos corretos, mantém as obrigações em dia, organiza o fluxo de caixa e dá base para tomar decisões com segurança.

Uma contabilidade especializada trabalha para que seu consultório esteja sempre em conformidade com a legislação e, ao mesmo tempo, aproveite as melhores oportunidades de economia fiscal. Com o apoio de especialistas e ferramentas adequadas, você pode focar no que realmente importa: oferecer um atendimento de excelência aos pacientes enquanto o lado financeiro permanece saudável.

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